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terça-feira, 31 de agosto de 2010

O COLAPSO POLITICO DO PROJETO DO PSDB NO BRASIL

RINDO DO POVO serra18

Sem programa, sem agenda e sem candidato com cara definida, o PSDB arrasta-se pela campanha à espera de um milagre e com um objetivo central: não perder o controle de São Paulo, onde sua blindagem também começa a fazer água.

O crescimento do candidato do PT, Aloisio Mercadante, já detectado por pesquisas, acendeu a luz vermelha no quartel general tucano. Mudando de identidade e de estratégia a cada semana, a campanha de Serra dá sinais de desespero e tenta se agarrar em velhas denúncias requentadas. Desorientação tucana é expressão do colapso da agenda política do PSDB para o país.

Os noves fora de José Serra

Secundado pela mídia que sempre o apoiou, e hoje se declara “independente”, Serra não tem escrúpulos em conspurcar, macular a credibilidade do jogo político às vésperas de uma eleição presidencial. Em queda livre, o candidato e seus aliados ensaiam uma quartelada midiática.

A maneira distinta como os âncoras dos telejornais da Globo, por exemplo, tratam um e outro candidato (Dilma e Serra) em entrevistas, demostra a falta de imparcialidade da emissora da familia Marinho, numa flagrante demonstração escancarada de que a emissora está atrelada nessa campanha presidencial ao candidato tucano, fazendo-nos relembrar da campanha de 1989, quando a Globo manipulou noticiários de modo a influenciar o resultado favorável das eleição ao seu candidato Collor de Mello.

Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, se trata do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata. Que repouse em paz

Campanha sem identidade
Essa é a chave para compreender a desorientação da campanha de Serra, que muda de cara todas as semanas. Já tivemos o Serra bonzinho, o malvado, o seguidor de Lula, o destruidor do Mercosul.

A cada pesquisa e a cada ampliação da vantagem de Dilma muda a estratégia da campanha tucana. A mais recente é tentar ressuscitar o caso fraudulento de um suposto dossiê que teria sido elaborado por pessoas ligadas ao PT. Nos últimos dias, a denúncia foi requentada e voltou para as páginas dos jornais e para o programa de Serra. No contexto atual, é um tiro no pé, visto que evidencia o clima de desespero que vai tomando conta do PSDB.

Desespero acentuado pela situação do partido em nível nacional, onde seus candidatos escondem Serra de suas propagandas na TV, no rádio e mesmo em panfletos. Um dos casos mais patéticos ocorre no Rio Grande do Sul, onde a governadora tucana Yeda Crusius omite o nome de Serra de suas falas no rádio e na TV.

Serra, por sua vez, não faz questão de aparecer ao lado de Yeda, que ostenta mais de 50% de rejeição do eleitorado nas pesquisas que vêm sendo divulgadas.

A queda de Serra, para além dos problemas que sua candidatura enfrenta na campanha eleitoral, expressa o declínio da agenda política do PSDB no Brasil.

O fato de Serra esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e utilizar a figura do presidente Lula em seu programa é a confissão de derrota de um programa. Uma derrota que não se limita ao caso brasileiro. O cientista político José Luís Fiori associa esse declínio ao fracasso da agenda da chamada Terceira Via em todo o mundo.

transcrição Carta Maior by Luiz Valdi

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