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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

JOAQUIM BARBOSA, RELATOR DO MENSALÃO, SOB TENSÃO SERIA MONITORADO PELA GRANDE IMPRENSA

By Jornal do Brasil
joaquim barbosa
O julgamento taxado de “polêmico e heterodoxo", esse do ‘mensalão’ no Supremo Tribunal Federal (STF), desenha-se, na realidade, em uma espécie de alavanca para um golpe de direita contra as instituições democráticas do país, segundo a expressão de críticos da forma como tem-se conduzido o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa (JB), monitorado pela mídia conservadora que, paradoxalmente, é alimentada com 70% dos recursos públicos destinados à publicidade estatal

Um boletim de ocorrência contra o magistrado o manteria sob constante estado de tensão, como escreveu à época o advogado e jornalista Márcio Chaer, diretor da revista Consultor Jurídico, após uma discussão entre Barbosa e o então também ministro do STF, Eros Grau:

“Eros retrucou lembrando decisões constrangedoras de JOAQUIM BARBOSA que a Corte teve de corrigir e que ele nem encontrava mais clima entre os colegas.
O clima azedou a ponto de se resgatar o desconfortável boletim de ocorrência feito pela então mulher de JB, tempos atrás: ‘Para quem batia na mulher, não seria nada estranho que batesse em um velho também’, afirmou-se”.

Além do risco de ser chantageado pelos meios de comunicação ligados à direita, o viés ideológico demonstrado pelo ministro, durante sua trajetória no Supremo seria tão firme quanto o seu estado de espírito, o que levou o editor da publicação especializada na área jurídica a afirmar que “o idealismo de Joaquim Barbosa lembra o espírito macunaímico, comenta, a propósito do assunto, um observador bem posicionado no STF, ao celebrar os 80 anos da obra de Mário de Andrade. Macunaíma, consagrado como ‘o herói do povo brasileiro’, ao fim de sua epopéia, transforma-se em uma constelação”.

GRAVÍSSIMO:
Para analistas mais astutos, tornou-se suspeita a série de coincidências verificadas no curso da Ação Penal 470 (mensalão), como o 1)-período de votação que chega ao seu ápice pouco antes das eleições municipais, no mês que vem;  2)- a pressão dos meios de comunicação ligados à direita e à extrema direita brasileiras para a condenação, principalmente, do ex-deputado José Dirceu;  3)- a tentativa de ligação do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao escândalo;  4)- o ‘fatiamento’ do processo; o vazamento de informações delicadas, como a dosimetria das penas a serem aplicadas aos réus, assunto que sequer figura na pauta das próximas sessões da Corte.

“Um descuido”  (?) do gabinete do ministro Joaquim Barbosa, como foi explicado, levou a página do Supremo Tribunal Federal (STF) na internet a divulgar, na sexta-feira, as penas sugeridas pelo relator AP 470 para parte dos réus condenados pelo crime de lavagem de dinheiro.

O ‘vazamento’ permaneceu no ar durante mais de 72 horas. A pena mais dura ficou para Marcos Valério: 12 anos e sete meses de reclusão, além de 340 dias-multa, com cada dia-multa igual a 10 salários mínimos, o equivalente a mais de R$ 2,1 milhões.

COINCIDÊNCIA?  O vazamento ocorreu no dia em que a revista semanal de ultradireita Veja publicava, na capa, uma suposta – e até agora, não comprovada – entrevista com Valério, na qual ele teria dito que o presidente Lula saberia do suposto esquema do ‘mensalão’. Horas depois, no jornal O Globo, o colunista Ricardo Noblat fala da existência de um suposto vídeo, “de quatro cópias”, no qual um desesperado Marcus Valério, diante da prisão iminente, faria revelações para divulgação imediata – “caso sofra um atentado”.

A mídia corporativa e partidária não quer justiça, quer CONDENAÇÃO…simples de entender…basta ouvir e ver (na TV) os seus prepostos de prontidão 24 horas no STF e fora dele nos gabinetes de seus chefes, articulando as “próximas matérias”.  Mais, dizem as boas línguas que a Globo já tem pronto um GLOBO REPORTER ESPECIAL, caso José Dirceu (principalmente) seja condenado, se mentira ou verdade, com a palavra Boninho, Ali Kamel e outros chefões das Organizações Globo.

RECURSOS
Admitida, porém, a condenação dos réus, há apenas um recurso, que é feito ao próprio Supremo. “Dessa decisão do STF poderá caber embargos de declaração para o próprio pleno do STF", explica um  advogado de renome. "Julgados os embargos de declaração, e transitada em julgado a decisão, cumpre-se o que foi determinado pelo Supremo”.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BLOG DO MELLO IRONIZA REPORTAGEM DA REVISTA VEJA DESTA SEMANA, OU NÃO??

Os segredos do tucanoduto. Civita acusa: 'Serra me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo'
Posted: 17 Sep 2012 06:18 AM PDT by blog do Mellonao leia a veja2 boca no trombone
Faltavam catorze minutos para as 2 da tarde da última sexta-feira quando o empresário Roberto Civita, presidente da revista Veja e do Grupo Abril, parou seu carro em frente a um bar, em São Paulo.
Responsável pelas mais infames acusações aos governos dos presidentes Lula e Dilma, ele tem cumprido religiosamente a tarefa de ir até esse modesto bar numa região pobre da grande São Paulo.

Desce do carro, vai até o balcão e é servido com sua bebida preferida, que sorve numa talagada. Chega mais cedo para evitar ser visto pelos outros bebuns e vai embora depressa, cabisbaixo. "O PSDB me transformou em bandido”, desabafa. Civita sabe que essa rotina em breve será interrompida. Ele não tem um átimo de dúvida sobre seu futuro.

Nessa mesma sexta, Civita havia organizado um mega-encontro, com mais de mil empresários do Brasil e do exterior. Chamou o ilustre economista Paul Krugman e também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Ambos confirmaram presença. Mas, em cima da hora, a presidente arranjou uma desculpa para não comparecer e o ministro abandonou a mesa de debates, sem dar satisfações. "Ali, foi selado meu destino" - acredita Civita.

Pessoas próximas ao empresário afirmam que Civita teria responsabilizado o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, pelo vexame que deu em público. Meneando a cabeça, ele saiu exclamando para quem quisesse ouvir: “Eu avisei ao Serra que ia dar merda! Eu avisei!”.

Apontado como o responsável pela engenharia que possibilitou ao PSDB e até recentemente ao DEM montar o maior esquema de espionagem, baixaria e calúnia da história, Civita enfrenta um dilema.
Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com os tucanos. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade de cometer crimes que não praticou sozinho, mas com a ajuda de Carlinhos Cachoeira e seu grupo de arapongas, que faziam as “reportagens investigativas” de Veja, para defender interesses dos demo-tucanos.

Civita manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder, relacionadas à privataria e aos escândalos da área de saúde do governo FHC, comandada por José Serra.
Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Policia Federal, de que nada aconteceria a ele nem a Demóstenes Torres. Com a queda de Demóstenes, logo após a prisão de Cachoeira, além de ter a equipe da revista desfalcada, Civita tentou um último subterfúgio para não naufragar: mandou fazer uma capa de destaque com a presidente Dilma.

Serra ficou enfurecido e o ameaçou. "Ele disse que abriria o jogo e mostraria que por trás de Carlinhos Cachoeira estava Policarpo, e por trás de Policarpo, eu".

Civita guarda segredos tão estarrecedores sobre o tucanoduto que não consegue mais reter só para si — mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos que ele ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel.
Os segredos de Civita, se revelados, põem o ex-presidente FHC e José Serra no epicentro do maior escândalo de corrupção da história, a privataria tucana. Puxado o fio da meada, vêm juntos o caso Banestado, o Proer, a venda da Vale, o Fonte Cindam, a lista de Furnas. Sim, e, no comando das operações, Serra. Sim.

Serra, que, fiel a seu estilo, fez de tudo para não se contagiar com a podridão à sua volta, mesmo que isso significasse a morte moral e política de companheiros diletos. Civita teme, e fala a pessoas próximas, que se contar tudo o que sabe estará assinando a pior de todas as sentenças — a de sua morte: "Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje". (continua amanhã)
(
O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

OU NATAL ACABA COM A “MESMICE” OU A MESMICE ACABA COM NATAL(o que restou)

CARLOS EDUARDOCARLOS EDUARDO2

FERNANDO MINEIRO, NESSAS ELEIÇÕES É A “DIFERENÇA” QUE NATAL NÃO EXPERIMENTA HÁ DÉCADAS.

MINEIROPREFEITO
O Deputado Estadual Fernando Mineiro nasceu no dia 6/12/1956, na cidade de Curvelo, em Minas Gerais. É formado em Biologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e professor da Rede Estadual de Educação.

O deputado tem uma longa trajetória política e já cumpriu quatro mandatos como vereador na Câmara Municipal de Natal. Além disso, participou dos movimentos estudantil, popular e sindical na cidade e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores – PT e da Central Única dos Trabalhadores – CUT no Estado.

Atualmente, está no exercício de seu segundo mandato e é líder do PT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e, em maio de 2010, foi eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça da ALRN.

Seus principais eixos de atuação são as áreas de educação, saúde, finanças públicas, política urbana, meio ambiente, economia solidária, agricultura familiar, cultura, juventude, além de acompanhar e participar da luta por direitos das mulheres, negros, indígenas e homossexuais.

É GRITANTE A DIFERENÇA ENTRE MINEIRO E OS CANDIDATOS-VENTRÍLOCOS:

“Realidade não me falta quando digo que Fernando Mineiro é o candidato mais preparado e com um projeto democrático e inclusivo”, Daniel Menezes no seu CartaPotiguar:
Ontem, (03/09/2012)no debate entre os candidatos a prefeito de Natal, na TV-U, mais uma vez, Fernando Mineiro mostrou que sua atividade parlamentar, como vereador por 4 mandatos e deputado, o gabaritou para encarnar os anseios da cidade. Até os seus opositores reconhecem.

E como disse o Professor de Sociologia da UFRN Edmilson Lopes, não se trata de algo livresco.  Ou  Uma simples decoreba de dados, que são expostos ao gosto da estratégia retórica, como deixa transparecer o prefeitável Hermano Morais.

Mineiro mostra que conhece profundamente os problemas da cidade porque  discutir Natal faz parte do seu dia-a-dia. É o que, no confronto de ideias, vem fazendo a diferença.

MENINOS EU VI

Hermano Morais defendendo o aumento da passagem de ônibus e saindo pela tangente quando o assunto foi criticar Micarla de Sousa. (e o blogueiro aqui emenda: será que tem a ver com o “jeito de sempre” de governar o RN ?, quando sabemos que em todas as gestões passadas, as empresas de transportes sempre “colaboravam” nas campanha$ eleitorai$, dos governantes?)

Hermano Morais disse que o valor da passagem de ônibus estava defasada. Fato: temos a segunda tarifa mais cara do nordeste, as empresas não disponibilizam ônibus a noite, (mais uma vez o blogueiro aqui intervém: nem à noite, nem quando acontecem  festas populares, como Carnaval, Festas Natalinas, etc, etc, quando o povo fica dormindo nas marquises à espera do primeiro ônibus que inicia às 5 da manhã) o serviço é de péssima qualidade e, independentemente do percurso, o usuário sempre paga tarifa cheia. Em outras cidades – Recife, por exemplo -, linhas com trechos mais curtos têm tarifa com desconto, o que, comparativamente, torna o transporte coletivo por aqui ainda mais caro.

PROPOSITIVO

Rogério Marinho (candidato de Agripino Maia, ex-padrinho de Micarla) vem qualificando o debate com propostas e boas inserções. Votando ou não no dito cujo, concordando ou não com sua visão de mundo, sua fala merece atenção.

EVOLUÇÃO

Robério Paulino melhorou bastante do primeiro debate para o que ocorreu ontem. O ponto alto das suas falas foi quando indagou os candidatos sobre o aumento da passagem de ônibus em Natal, deixando Hermano como o defensor do SETURN nas eleições.

MICARLA, MICARLA, MICARLA

Carlos Eduardo bateu na mesma tecla, a de que é o antimicarla. Em time que está ganhando não se mexe, já dizia o ditado. O problema é a questão do debate, da qualificação dos problemas. Resta também saber se essa música de uma nota só aguentará até o final da eleição.

NATAL

Em 2008, os natalenses elegeram, em primeiro turno, um projeto político pautado no sentimentalismo e que fazia farto uso de frases publicitárias – “eu sou mãe, eu conheço os problemas da cidade”, ou “Natal pode muito mais” deram a tônica do discurso micarlista. (Em suma, discutiu-se tudo, inclusive qual seria o sexo dos anjos, menos os problemas da cidade e os projetos para o futuro)

Em 2010, Natal ajudou a eleger Rosalba também em primeiro turno. Discurso rosalbista: “vou fazer acontecer”, “vou reconstruir e avançar”, etc.
Debate que é bom?! Nada. Independentemente de quem sejam os candidatos, a cidade merece ser mais discutida, merece o segundo turno. A eleição não pode passar incólume.

MINEIRO PREFEITO - 13

NÃO NOS ENGANEMOS:   OS PROBLEMAS QUE NATAL ENFRENTA HOJE FORAM HERDADOS POR MICARLA DE SOUSA, DE GESTÕES PASSADAS, ADMINISTRADAS POR VILMA MAIA (DE FARIA) E CARLOS EDUARDO ALVES , QUE HOJE VOLTAM A SE CANDICATAR, NOVAMENTE JUNTOS, BEM CASADINHOS NA MESMA CHAPA...PORTANTO,  NADA MUDOU DE 2000 A 2008, A NÃO SER  A FORTE INJEÇÃO DE RECURSOS DO GOVERNO LULA PARA NATAL, NESSE PERIODO.  

DE 2008 PARA CÁ, O DEM,  DE AGRIPINO E ROSALBA,  QUE SE UNIRAM A MICARLA,   ALÉM DE NADA FAZEREM, DESTRUIRAM, LITERALMENTE,  A CIDADE DO NATAL.

RESUMINDO:

A “ MESMICE”   QUER VOLTAR, SEJA COM CARLOS EDUARDO, SEJA COM HERMANO MORAIS – SE UM DESSES FOSSE ELEITO, SERIA  O MESMO QUE TROCAR 6  POR MEIA DÚZIA.  E PONTO FINAL.

NATAL DESEJA E PRECISA DE  ALGO NOVO,  UM  “CARA”  COM CAPACIDADE E EXPERIÊNCIA E QUE TENHA, ANTES DE TUDO,  O APOIO POLÍTICO E FINANCEIRO DA PRESIDENTE DILMA.
FERNANDO MINEIRO É O CARA !

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PRECONCEITO CAMUFLADO EM RISOS NA “REDESGÔTO DE TELEMANIPULAÇÃO”.

RACISMO NA GLOBOurubu caga a telona global

GLOBO:  RACISMO CAMUFLADO……………….…….PLIN ….PLIN

O personagem de "Adelaide" não é uma novidade na dramaturgia brasileira. A construção de um personagem negro, do sexo feminino e que tem como pretensão fazer as pessoas  “rirem sem parar”  data de pelo menos 40 anos.

O livro que inspirou o documentário A Negação do Brasil de Joel Zito narra e analisa a presença dos negros na televisão brasileira. Presença marcada pela subalternidade e preconceito racial.

Para quem nunca viu este personagem do programa Zorra Total da TV Globo, "Adelaide" é uma mulher negra, idosa e que entra no metrô pedindo esmolas e, consequentemente  "importunando as pessoas".

Além do reforço racista e sexista que o programa faz em torno das mulheres negras e de todos os negros por extensão, em alguns episódios "Adelaide" exala um cheiro ruim, ou pelo menos é isso que as cenas querem nos comunicar.

Imagine você na sala de estar, com sua família, crianças e de repente aparece uma mulher negra, mal vestida e fedendo. Além do fedor, ela não tem os dentes da frente e parece absolutamente ridícula... Todos riem às alturas.

É essa a intenção. O riso, magicamente, nos tira por uns instantes a capacidade de perceber o horror por trás de tais cenas.

Eu poderia gastar muitas linhas aqui descrevendo as dezenas de cenas pejorativas dessa personagem, mas quero me concentrar em outro ponto: qual a ideia básica que fundamenta esse personagem? O que lhe dá sentido? Qual a intenção de um núcleo de profissionais de mídia e comunicação ao construir, detalhe por detalhe, uma caricatura totalmente negativa de uma mulher negra, idosa e pobre?

Dizer que é o racismo talvez não seja suficiente. Sim, é racismo. Entretanto, é um tipo de racismo singularmente brasileiro especificamente produzido pelas mídias televisivas. Os especialistas que criaram tal personagem – as elites editoriais, como diria Muniz Sodré – reeditam um imaginário surgido a pelo menos duzentos anos atrás por literatos, jornalistas e políticos brancos e ancoram nas plásticas vias do humor o pior do sentimento antinegro.

Existem muitas formas de definir e abordar o racismo. Pode ser visto como um instrumento de manutenção de privilégios econômicos; pode ser visto como sentimento de superioridade ou então como mecanismo de preservação de lugares simbólicos, culturais e psicológicos de um grupo em relação a outro.

Pode também ser a mistura de tudo isso e até mesmo um tipo antigo de desumanização. Por exemplo, o tráfico transatlântico de escravos tinha como pressuposto a transformação de negros em coisas, objetos, seres sem alma e transcendência. Bichos, em suma. Opera-se assim um processo completo de animalização que justifica toda e qualquer atrocidade.

"Adelaide" é uma representação contemporânea da desumanização negra que, no limite, assegura o privilégio da brancura, este artefato onipresente e multifacetado de poder. Privilégio que se manifesta imagética e ideologicamente e forja a realidade tal como querem que a vejamos: ora manifestando-se sutil aos nossos olhos, ora completamente brutal.

"Adelaine" é prova concreta de que o "mito da democracia racial" continua operando (secretamente?) no cerne dos aparelhos produtores de imagens e imaginário social. Faz-nos rir dos crimes mais chocantes de nossa história, em feixes coloridos de um sábado a noite.

A quem o personagem faz rir?

Àqueles que não se comovem com o sofrimento e a luta das mulheres negras brasileiras. E que ainda lhe imputam a responsabilidade pela situação de descuido.

Única personagem negra do programa, a Rede Globo sabe perfeitamente onde quer chegar, tanto que no mesmo quadro, incluiu uma mulher índia, que fica sorrindo o tempo todo, de forma infantilizada, reforçando também o preconceito contra indígenas.
Creio que a Globo se prepara para o debate, já sabendo o que virá por aí.

By Marcio André dos Santos

PRECONCEITO CAMUFLADO EM RISOS NA “REDESGÔTO DE TELEMANIPULAÇÃO”.

RACISMO NA GLOBOurubu caga a telona global

GLOBO:  RACISMO CAMUFLADO……………….…….PLIN ….PLIN

O personagem de "Adelaide" não é uma novidade na dramaturgia brasileira. A construção de um personagem negro, do sexo feminino e que tem como pretensão fazer as pessoas  “rirem sem parar”  data de pelo menos 40 anos.

O livro que inspirou o documentário A Negação do Brasil de Joel Zito narra e analisa a presença dos negros na televisão brasileira. Presença marcada pela subalternidade e preconceito racial.

Para quem nunca viu este personagem do programa Zorra Total da TV Globo, "Adelaide" é uma mulher negra, idosa e que entra no metrô pedindo esmolas e, consequentemente  "importunando as pessoas".

Além do reforço racista e sexista que o programa faz em torno das mulheres negras e de todos os negros por extensão, em alguns episódios "Adelaide" exala um cheiro ruim, ou pelo menos é isso que as cenas querem nos comunicar.

Imagine você na sala de estar, com sua família, crianças e de repente aparece uma mulher negra, mal vestida e fedendo. Além do fedor, ela não tem os dentes da frente e parece absolutamente ridícula... Todos riem às alturas.

É essa a intenção. O riso, magicamente, nos tira por uns instantes a capacidade de perceber o horror por trás de tais cenas.

Eu poderia gastar muitas linhas aqui descrevendo as dezenas de cenas pejorativas dessa personagem, mas quero me concentrar em outro ponto: qual a ideia básica que fundamenta esse personagem? O que lhe dá sentido? Qual a intenção de um núcleo de profissionais de mídia e comunicação ao construir, detalhe por detalhe, uma caricatura totalmente negativa de uma mulher negra, idosa e pobre?

Dizer que é o racismo talvez não seja suficiente. Sim, é racismo. Entretanto, é um tipo de racismo singularmente brasileiro especificamente produzido pelas mídias televisivas. Os especialistas que criaram tal personagem – as elites editoriais, como diria Muniz Sodré – reeditam um imaginário surgido a pelo menos duzentos anos atrás por literatos, jornalistas e políticos brancos e ancoram nas plásticas vias do humor o pior do sentimento antinegro.

Existem muitas formas de definir e abordar o racismo. Pode ser visto como um instrumento de manutenção de privilégios econômicos; pode ser visto como sentimento de superioridade ou então como mecanismo de preservação de lugares simbólicos, culturais e psicológicos de um grupo em relação a outro.

Pode também ser a mistura de tudo isso e até mesmo um tipo antigo de desumanização. Por exemplo, o tráfico transatlântico de escravos tinha como pressuposto a transformação de negros em coisas, objetos, seres sem alma e transcendência. Bichos, em suma. Opera-se assim um processo completo de animalização que justifica toda e qualquer atrocidade.

"Adelaide" é uma representação contemporânea da desumanização negra que, no limite, assegura o privilégio da brancura, este artefato onipresente e multifacetado de poder. Privilégio que se manifesta imagética e ideologicamente e forja a realidade tal como querem que a vejamos: ora manifestando-se sutil aos nossos olhos, ora completamente brutal.

"Adelaine" é prova concreta de que o "mito da democracia racial" continua operando (secretamente?) no cerne dos aparelhos produtores de imagens e imaginário social. Faz-nos rir dos crimes mais chocantes de nossa história, em feixes coloridos de um sábado a noite.

A quem o personagem faz rir?

Àqueles que não se comovem com o sofrimento e a luta das mulheres negras brasileiras. E que ainda lhe imputam a responsabilidade pela situação de descuido.

Única personagem negra do programa, a Rede Globo sabe perfeitamente onde quer chegar, tanto que no mesmo quadro, incluiu uma mulher índia, que fica sorrindo o tempo todo, de forma infantilizada, reforçando também o preconceito contra indígenas.
Creio que a Globo se prepara para o debate, já sabendo o que virá por aí.

By Marcio André dos Santos

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

CALA ESSA BOCA FERNANDO HENRIQUE !!

RECEBI DO EX-PRESIDENTE LULA UMA HERANÇA BENDITA, AFIRMA DILMA ROUSSEFF EM NOTA OFICIAL
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (3), em nota oficial, ter recebido uma herança bendita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma afirmou ter recebido um país com economia sólida, crescimento robusto, inflação sob controle e o menor índice de desemprego da história do Brasil.  Leia abaixo a íntegra da nota:
"Citada de modo incorreto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo, nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, creio ser necessário recolocar os fatos em seus devidos lugares.

Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.


Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.

Recebi um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.

Recebi um Brasil mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional. Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse.

O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista.
Não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a história. O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento. 

Aprendi com os erros e, principalmente, com os acertos de todas as administrações que me antecederam. Mas governo com os olhos no futuro.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil


E eu faço minhas as palavras do jornalista Paulo Henrique Amorim:

"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista".  LUIZ VALDI