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quinta-feira, 7 de junho de 2012

A Mentira é tetraplégica…a verdade anda à galope – pense nisso!

Eduardo Guimarães: você lembra quem é Gilmar Mendes?

lulaSe você é daqueles [tipo Arnaldo Jabor e/ou Jô Soares)  e anda “espalhando” por aí que acredita nessa denúncia,  sem provas, de Gilmar Mendes contra Lula, que a revistaVeja publicou, ou é estúpido ou não tem um pingo de caráter.  É possível a qualquer pessoa, mesmo não sendo muito inteligente, concluir, sem a menor sombra de dúvida, que tal denúncia não faz o menor sentido.  [senão, vejamos]                                                                                                    Por Eduardo Guimarães, jornalista, no Blog da Cidadania

Lula foi acusado de tentar interferir no andamento do inquérito do “mensalão” propondo um escambo ao magistrado: ele postergaria o julgamento até depois das eleições em troca de indulgência da CPI do Cachoeira em relação a supostas evidências de seu envolvimento com Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira.

Gilmar foi advogado-geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso. No último ano de seu mandato, FHC o indicou para ministro do Supremo Tribunal Federal. Naquele momento, o professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Dalmo de Abreu Dallari teve um artigo publicado na Folha de S. Paulo em que declarou o seguinte sobre tal indicação:

Se essa indicação (de Gilmar Mendes) vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. (…) o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país”.
Gilmar tentou processar criminalmente o jurista Dallari por esse artigo, mas a Justiça recusou a instauração da ação penal que o agora ministro do STF pretendia mover. Dizia a sentença: “A crítica, como expressão de opinião, é a servidão que há de suportar (…) quem se encontrar catalogado no rol das figuras importantes”.

A previsão de Dallari se faria sentir cerca de seis anos após a nomeação de Gilmar. Em 2008, o magistrado concedeu habeas-corpus ao banqueiro Daniel Dantas. No mesmo dia, 42 procuradores da República, 134 juízes federais e a Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulgaram documentos manifestando indignação com a soltura do banqueiro/bandido.

Alguns procuradores regionais da República estudaram até fazer um abaixo-assinado solicitando o impeachment de Gilmar.  Vejam isso: O senador Demóstenes Torres, então, já exibia suas relações com Gilmar Mendes: classificou esse movimento dos procuradores regionais da República como “ridículo”.

Esses são apenas alguns fatos que deveriam ser considerados antes de pessoas subdotadas intelectual ou moralmente comprarem a acusação de Gilmar a Lula sem o menor questionamento, mas não são o cerne da questão. Servem apenas para lembrar quem é o sujeito que acusa o presidente mais querido da história do Brasil.

O cerne da questão é que os oito anos de mandato de Lula provam que ele jamais interferiu na Justiça com nenhum fim, muito menos para impedir o progresso do inquérito do mensalão. Venho dizendo isso desde 2010, quando publiquei um post contendo informação que desmonta completamente a tese de Gilmar sobre o ex-presidente.

Lula nomeou três procuradores-gerais da República enquanto que FHC manteve o mesmo, Geraldo Brindeiro, de 1995 a 2002, contrariando o Ministério Público Federal por oito anos seguidos.

Claudio Fonteles, que hoje integra a Comissão da Verdade, foi indicado por Lula em 2003 e ficou no cargo até 2005, quando o nome indicado pelo MP foi acatado por Lula novamente. Antonio Fernando de Souza denunciou o mensalão e foi reconduzido por Lula ao cargo. Ficou até 2009, quando Roberto Gurgel, o novo escolhido pelo MP, foi nomeado. O mesmo Gurgel que recentemente difamou o partido do ex-presidente na televisão.

Lula tinha o poder. Se não interferiu nem no Judiciário nem no Ministério Público naquela época, se não há uma só denúncia de outro ministro do STF de que tenha sofrido qualquer pressão do ex-presidente, por que ele escolheria começar a fazê-lo justamente com Gilmar Mendes, que tantas vezes se mostrou seu adversário político?

A história não se sustentaria só por isso, mas há mais. Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo e ministro da Defesa de Lula e Dilma, saiu do governo dela descontente porque foi demitido por declarar publicamente que votou em seu adversário José Serra em 2010. Esse mesmo Jobim desmentiu a acusação de Gilmar a Lula.

É desolador o volume de desonestidade ou burrice que vêm sendo espargidas com ímpeto tão infatigável. Tudo isso produz uma reflexão: será possível que tanta canalhice venha a vingar? Até quando o Brasil será esbofeteado dessa forma? Em que tipo de país mentiras tão grosseiras ganham tal dimensão?

Mas infelizmente existem calhordas tipo Arnaldo Jabor e Jô Soares, paus mandados de seus patrões midiáticos que preferem (hum?? ) fingir que acreditam no Supremo mentiroso da Corte maior do país. Fácil  de entender:  é para não contrariar o patrõezinho...e se manterem no empreguinho Global…Plin…Plin…!!!!

Á PROPÓSITO  DO JULGAMENTO DO “MENSALÃO”

O “mensalão” foi uma ferramenta para sangrar o mandato do presidente Lula em 2005 e 2006; agora, com a oposição em dificuldades, a definição da data para inicio do julgamento aparece como um sôro para reanimar a direita e os conservadores nocauteados pela CPMI do Cachoeira.
Há um dito futebolístico segundo o qual time que está mal no jogo comemora até escanteio.

A reação da mídia conservadora ante a perspectiva do início do julgamento do chamado “mensalão” enquadra-se nesse figurino: um notório serviçal dos barões da mídia comemorou, na manhã desta quarta feira, não o eventual resultado daquele julgamento - que confessa não imaginar qual será - mas a marcação da data do julgamento!   “É uma derrota para Lula e José Dirceu”, disse o ultra-direitista blogueiro da revista Veja Reinaldo Azevedo num comentário publicado nesta manhã.

A mídia conservadora e a direita neoliberal vão fazer de tudo para transformar o “escanteio” em gol nos meses que antecedem a eleição para prefeitos e vereadores. O “mensalão” serve agora não para sangrar um presidente como tentaram fazer com Lula em 2005 e 2006; serve de sôro para um doente combalido que enfrenta o voto popular em condições difíceis.

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