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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MIDIA E STF , JUNTINHOS, ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE!

“A Mídia e os Juízes”. By Marcos Coimbra

A mídia corporativa, partidária e golpista descobriu o ponto fraco dos juízes DO “P”STF(alguns, sejamos justos!) , bastou uma meia dúzia de capas de suas revistas, 15 minutos diários nos telejornais da Globo e eles “abriram as pernas” e mais do que rapidamente tornaram-se “sócios”.

A mídia e o STF estabeleceram uma parceria. Uma pauta o outro, que fornece à primeira novos  “argumentos”.  Vão se alimentando reciprocamente, compartilhando as mesmas intenções.

Ainda há quem duvide quando ouve dizer que a mídia brasileira é partidarizada. Que tem posição política e a defende com unhas e dentes, dentre estes, com certeza os (e) leitores da VEJA.estadão.folha.globo.

Por opção ideológica e preferência político-partidária, ela é contra o PT. Desaprova os dois presidentes da República eleitos democraticamente. Discorda, em princípio, do que dizem e fazem seus militantes e dirigentes.

A chamada “grande imprensa” é formada por basicamente quatro grupos empresariais ou quatro familias: Civita(Abril Cultural=VEJA); Frias(Jornal Folha-de-S.PauloMesquita(Jornal Estadão) e familia Marinho (Organizações GLOBO). Juntos, possuem um vasto conglomerado de negócios e atuam em todos os segmentos da indústria da comunicação. Têm um grau de hegemonia no mercado brasileiro de entretenimento e informação incomum no resto do mundo. É coisa demais na mão de gente de menos.

Afirmar que ela faz oposição ao PT e a seus governos não é uma denúncia vazia, uma “conversa de petista”.

Ficou famosa, pela sinceridade, a declaração da presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e diretora-superintendente do Grupo Folha, Judith Brito, segundo quem “(…) os meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, uma vez que a oposição está profundamente fragilizada”. (E sem projetos para o Brasil, por isso aliou-se à grande mídia…)

Disse isso em março de 2010 e nunca se retratou ou foi desautorizada por seus pares ou empregadores. Pelo contrário. Cinco meses depois, foi reconduzida, “por aclamação”, à presidência da ANJ. Supõe-se, portanto, que suas palavras permanecem válidas e continuam a expressar o que ela e os seus pensam.

A executiva falava de maneira concreta. Ela não defendia que a mídia brasileira fizesse uma oposição abstrata, como a que aparece no aforismo “imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”. Propunha que atuasse de maneira tipicamente política: contra uns e a favor de outros.

O que dizia é que, se a oposição partidária e institucionalizada falha, alguém tem que “assumir a responsabilidade”.

O modelo implícito no diagnóstico é o mesmo que leva o justiceiro para a rua. Inconformado com a ideia de que os mecanismos legais são inadequados, pega o porrete e vai à luta, pois acha que “as coisas não podem ficar como estão”.

Se os políticos do PSDB, DEM, PPS e adjacências não conseguem fazer oposição ao PT, a imprensa toma o lugar. Proclama-se titular da “posição oposicionista deste País”, ainda que não tenha voto ou mandato.

Enquanto o que estava em jogo era apenas a impaciência da mídia com a democracia, nenhum problema muito grave. Por mais que seus editorialistas e comentaristas se esmerassem em novas adjetivações contra o “lulopetismo”, pouco podiam fazer.

Como dizia o imortal Ibrahim Sued, “os cães ladram e a caravana passa” – entendendo-se, por caravana, Lula, Dilma, o PT e sua ampla base na sociedade, formada por milhões de simpatizantes e eleitores.

Aí veio o julgamento do “mensalão”.

A esta altura, devem ser poucos os que ainda acreditam que a cúpula do Judiciário é apolítica. Os que continuam a crer que o Supremo Tribunal Federal (STF) é uma corte de decisão isenta e razoável. (Roberto Jeferson e Marcos Valério que os digam)

Desde o início do ano, seus integrantes foram pródigos em declarações e atitudes inconvenientes. Envolveram-se em quizílias internas e discussões públicas. Mostraram o quanto gostavam da notoriedade que a aproximação do julgamento favorecia.

Parece que os ministros do STF são como Judith Brito: inquietos com a falta de ação dos que têm a prerrogativa legítima, acharam que “precisavam fazer alguma coisa”. Resolveram realizar, por conta própria, a reforma da política.

O STF não é o lugar para consertá-la e “limpá-la”, como gostam de dizer alguns ministros, em péssima alusão a noções de higienismo social.

Mas o mais grave é a intencionalidade política da “reforma” a que se propuseram.

A mídia e o STF estabeleceram uma parceria. Uma pauta o outro, que fornece à primeira novos argumentos. Vão se alimentando reciprocamente, compartilhando as mesmas intenções.

A pretexto de “sanear as instituições”, o que desejam é atingir adversários.

O julgamento do “mensalão” é tão imparcial e equilibrado quanto a cobertura que dele faz a “grande imprensa”. Ela se apresenta como objetiva, ele como neutro. Ambos são, no entanto, essencialmente políticos.

As velhas raposas do jornalismo brasiliense já viram mil vezes casos como o do “mensalão”, mas se fingem escandalizadas. Vivendo durante anos na intimidade do poder, a maioria dos ministros presenciou calada esquemas para ganhar mais um ano de governo ou uma reeleição, mas agora fica ruborizada.

A omissão por parte da midia, sobre as denuncias gravíssimas, ,  objeto de 12 anos de pesquisas e levantamentos, feitos pelo competentíssimo jornalista Amaury Ribeiro Junior  sobre as privatizações durante o Governo tucano de FHC,  resultou no Livro mais vendido do ano – A PRIVATARIA TUCANA, aquele que José Serra, mesmo sem ter lido, e,  à época, perguntado por um jornalista o que ele achara do livro, ele respondeu:  um lixo, um lixo. Indagado se ele havia lido o livro, ele respondeu: NÃO, mas é um lixo. Todos sabem que ele e sua filha Veronica Serra são os principais protagonistas do livro, junto com DANIEL DANTAS, portanto…

O que ninguém imaginava era quão simples seria para a mídia ter o Supremo a seu lado. Bastaram algumas capas de revista, alguns  minutos de fama nos telejornais, etc, etc...e pronto!

E agora que se descobriram aliados, o que mais vão fazer juntos?  ORA, ORA, JÁ FIZERAM, E IRÃO FAZER AINDA MUITO MAIS ATÉ 2014, quem viver, verá.

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